Jorge Amado considerava São Jorge dos Ilhéus (publicado em 1944) uma continuação natural de seu romance anterior, Terras do sem-fim (1942).

No entanto, São Jorge dos Ilhéus, tendo Ilhéus como cenário principal, fala do momento em que, pacificada, a região colhe os frutos da exportação de cacau e se moderniza. Contexto, em que os confrontos de jagunços foram substituídos pelo jogo na bolsa de valores e pelas intrigas políticas, no qual pululam os personagens mais díspares: prostitutas, jogadores, exportadores estrangeiros, militantes comunistas, filhos de coronéis transformados em bacharéis ociosos, poetas de fim de semana, artistas de cabaré.

Em São Jorge dos Ilhéus, Jorge Amado narra a saga da região cacaueira, com seus primeiros coronéis - personagens como Horácio da Silveira, Frederico Pinto e Sinhô Badaró -, que se tornaram homens ricos e poderosos, seguidos na aventura da exploração do cacau por jovens doutores, trabalhadores urbanos, operários e comerciantes.